sexta-feira, 2 de julho de 2010

Andança


"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Muda-se o Ser, muda-se a confiança;
Todo mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades."

( Luiz de Camões)


O que será do tempo sem visitas noturnas,
lá fora faz frio e o tempo não roga,
faço dele meu fiel amante.
Depois o mato no chora, esquecendo-me do
leito que vós arrumará.
O tempo se contradiz, não é gente.
traz no morno a memoria que falece.
Ao me aproximar da terra,
a distância de Deus...milhas e milhas...
Com tudo a fé dos céus me consola sem que o tempo saiba...
Sabido seja o tempo que muda,
que se deita e levanta sem minha vontade,
pois se fosse minha,
ele não passaria pra mim.
Adoravél tempo cruel,
que adota medidas baixas em alta assistência.
Formas que se fragmentam,
e se completam assimetricamente.
Cabelo que enrosca meus pensamentos
,
liturgia isolada - Tempo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Quando me banho nas profundezas do interno...
Me falta ar, e ar talvez seja a última
coisa que preciso...quente!
Quente seja o sangue que não circula.

Ciranda que gira,vamos todos cirandar,
inquietação, tormento...
Barulho repetitivos como zumbido - desespero!

O que me falta queima,
e o que me afaga seja restos
e resto seja a sobra do que não se reconhece.

Tristeza seja ela meu nome.
Vida longa ao rei!!
O rei morreu de riso
angustia que nasce da negação
da vida.

Rejeito tuas enormes condulências,
dispenso!!!