sábado, 24 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

OGUM MEJÉJÉ LOODE/IRÊ


No Rio de Janeiro a festa de Ogun é a 23 de abril, dia de São Jorge, com quem está identificado.
As comemorações têm início às 5 da manha, com a alvorada a cargo das fanfarras da cavalaria da Polícia Militar. Mais tarde, a banda de música da corporação executa marchas e dobrados festivos e, solenes, desfilam seus cavalarianos.

Centenas de fiéis visitam a igreja onde o santo é orago, na Praça da República, e beijam uma fita presa à imagem de São Jorge montado no cavalo branco, com o elmo emplumado, um escudo e um estandarte.

E à noite, em todos os terreiros, os atabaques vão bater até de madrugada.


Na umbanda a linha de Ogun é desdobrada nas legiões de Ogun Beira-Mar, Ogun Iara, Ogun Megê, Ogun Naruê, Ogun Malei e Ogun Nagô.


Santo guerreiro, suas armas mágicas são a espada-de-são-jorge (Sansevieria Zeylanica Willd.) e a lança-de-ogun (Sansevieria cylindrica L.) liliáceas da África Equatorial, aclimatadas no Brasil.


O nome espada-de-são-jorge é devido à forma da folha carnosa, que lembra uma larga e longa lâmina de arma branca, com dois gumes, o ápice acuminado.

Costuma ser plantada em vasos, jardineiras ou canteiros, em residências ou à entrada de casas comerciais, como espada capaz de defender dos malefícios.

Nos terreiros umbandistas, a espada-de-são-jorge é brandida principalmente pelo pai-de-santo, como veículo de passes ou para fustigar os maus espíritos, afastando-os.

É uma das plantas usadas em banhos lustrais ou de proteção.

Serve para sinais cabalísticos, traçados no ar, durante consultas ou cerimônias. Tivemos oportunidade de ver orixás utlizá-la na sagração dos noviços, como acontecia com os reis e cavaleiros medievais.

Na lança-de-ogun, conforme o próprio nome indica, a folha carnosa é cilíndrica e pontiaguda, como uma lança. Embora utilizada em menor escala, suas atribuições rituais e poderes mágicos têm semelhança com os de espada-de-são-jorge.

Nos terreiros de umbanda Ogun é reverenciado como "santo forte" e "vencedor de demanda.

Sua cor é o vermelho rútilo.

Seus pontos riscados mostram lanças, espadas, flâmulas, granadas e outras representações bélicas.

Seus pontos cantados, também marciais, têm até reminiscências da guerra do Paraguai, pois "Ogun já jurou bandeira/na porta de Humaitá".

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O que é Arte?


Dissertação do Livro de Coli, Jorge. O que é Arte. São Paulo: Editora Brasiliense, 1983.

A discussão sobre o que é Arte se mantém em contradição, pelos simples fato de relacionar-se ao ser humano, abordando a complexidade do mesmo. Estas forças contrárias geram um entendimento dialético da Arte.
Sabemos que a Arte é a manifestação da atividade do homem, nas quais nos possibilita uma sensação diferente de admiração.
Estas tais admirações são selecionadas através da Cultura de onde o ser humano esta inserido, que possibilita exaltar com mais profundidade e as privilegia.
O que diferência ou separa Arte ou não Arte são os instrumentos e estudos científicos os quais estão posicionados no estatuto da Arte, de onde Históriadores de Arte, Critícos, Conservador de Arte radificam o Objeto.
os locais também podem ser considerados Arte, por marcarem algum fato que referência a nossa Cultura;
O Estatuto de Arte separado de uma definição abstrata, teórica, lógica de conceito, mais ligada por instrumentos de nossa cultura, dignifica os objetos sobre os quais retornam;


Acredito que a Arte seja a exploração máxima da essência tendo como construção das pilastras dos sentidos ( tato, paladar, audição, visão)e do sentir, unificando o intelecto,espírito, social, como expressão maior para o inconsciente transformador.
"Arte para mim é emocionar com sua própria emoção, nutrindo todos os espaços vázios...A Arte é transformadora por te colocar como ferramenta dela"

Quem tem o direito de qualificar algo que é inerente ao ser humano, descorto quando falamos de um " estatuto da Arte", por limitar e selecionar o que é ou não é Arte.
Tornando assim a arte repressiva, desviando ela do seu real objetivo.
O que muitas vezes ignoramos pela austeridade no qual o ser humano caminha, é que tudo passa pela catégoria que chamamos de arte, a arte esta mais presente do que nós podemos imaginar enquanto arte. Está presente no comportamento, na história, nos utensílios, na geografia, na filosofia,enfim na vida. sendo apresentada e representada em varios aspectos sociais.
Até na pólitica podemos observar a arte, na parte de organização e políticas implantadas em determinados períodos, no pensamento, na dúvida...
Samara Egle

Escorpião

vc é um trovador...pq brinca com as palavras
como um libertino e as prendem para eterniza-las

Dança sapateando como um bailarino
que desafia as leis da física só para
se enaltecer como pássaro

E como trovador passeia pela fantasia
levando por onde for conforto e litúrgia
para nunca se esquecer das pedras

Estas que as vezes encomodam os pés do Bailarino
por dificultar seus passos largos...

Pois da palavra surgiu as dúvidas e da alma respostas...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Coisas que nem Freud explica...


Amor Em Paz
Tom Jobim
Composição: Tom Jobim / Vinicius de Moraes


Eu amei, e amei ai de mim muito mais do que devia amar
E chorei ao sentir que iria sofrer, e me desesperar
Foi então, que da minha infinita tristeza aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver e de amar em paz
E não sofrer mais, nunca mais
Porque o amor, é a coisa mais triste, quando se desfaz



Sabe, as vezes passamos a acreditar no mais subto do pensamento,do sentimento, que
da verdade, passa a ser eterno...quase que latente em nossa caminhada.
Algo que possá-nos ser complementar, não por ser o extremo necessário, mais por ser exatamente o que é.
O Amor, é este algo, seja da forma que se quer vive-lo.
Seja respeitando á si próprio com suas facilidades e desvantagens, seja respeitando as coisas e pessoas que não podemos mudar ( ps.: " pq são umas mulas!"...
Brincadeirinha por vezes sou também!!!), se permitindo amar outro alguém, sem nunca se esquecer dos beneficios trazido pelo seu outro amor, agradecendo a oportunidade de reconhecer, pode ser se dedicando á aprender sem preconceitos, quase que puro, 100% aberto para o novo...
Admito que sempre peco no exercício de amar! Mais to buscando e buscarei até o momento que a vida me exigir.







Nesta que quase que diária, pois nem todo dia luto ( não me envergonho dos meus medos, eles me permitem reconhecer!).
Tem dia que me permito lamentar nostálgias...Porém justo! Por terem sido vividas no seu mais alto escalão.

Meu coração esta de Luto...

No céu quando a estrela brilha,
O que anoitece é meu coração.

Dia de Oxóssi - Nativo da Terra "Pindorama"



Façamos uma reflexão...Sem fingimento!!
TRiste, porém verdade...não temos uma Cultura especializada
na formação tradicional de nossa história...
E se temos, fica nas mãos de que tem "poder"...seja qual for...
Como se saber fosse um meio de poder....Como se não tivessemos o direito de saber!!!
Somos uns dos poucos países que não conhece seu país!!! ( vergonha)
Ai sempre vem a velha falinha, decorrente a uma pergunta: " O que vc é?
" Sou descendente de Bolinha...
Sim...somos Decadentes....Pois não sabemos nem quem estava aqui antes.
Usando aquela velha desculpa...
Quando vamos tomar consciência de que somos todos índios,
nativos de qualquer que seja a terra.
Só que devemos gratidão por esta tão abençoada!!!

Índio cara pálida,cara de índio.
Índio cara pálida,cara de índio.
Sua ação é válida, meu caro índio.
Sua ação é válida, válida ao índio.
Nessa terra tudo dá,terra de índio.
Nessa terra tudo dá,não para o índio.
Quando alguém puder plantar,quem sabe índio.
Quando alguém puder plantar,não é índio.
Índio quer se nomear,nome de índio.
Índio quer se nomear,duvido índio.
Isso pode demorar,te cuida índio.
Isso pode demorar,coisa de índio.
Índio sua pipoca,tá pouca índio.
Índio quer pipoca,te toca índio.
Se o índio se tocar,touca de índio.
Se o índio toca,não chove índio.
Se quer abrir a boca,pra sorrir índio.
Se quer abrir a boca,na toca índio.
A minha também tá pouca,cota de índio.
Apesar da minha roupa,também sou índio.



Aqui nessa casa ninguém quer a sua boa educação
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão.
E quando a polícia, a doença, a distância
ou alguma discussãonos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração.
Mas não choramos à toa,
Não choramos à toa.
Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização.

Falamos a sua língua, mas não entendemos seu sermão.
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão.
Mas não sorrimos à toa,Não sorrimos à toa.
Volte para o seu lar,Volte para lá.
Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação

Não temos perspectiva mas o vento nos da a direção
A vida que vai a deriva é a nossa condução
Mas não seguimos a toa, não seguimos a toa
Volte para o seu lar,Volte para lá.





Jês, Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,Makus,
Nambikwaras, Tupis, Bororós,Guaranis,
Kaiowa, Ñandeva, YemiKruiaYanomá,
Waurá, Kamayurá, Iawalapiti, Suyá,
Txikão, Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin,
Krahô,Ramkokamenkrá, Suyá

Curumim chama cunhatã que eu vou contar
Cunhatã chama curumim que eu vou contar
Curumim, cunhatã
Cunhatã, curumim

Antes que os homens aqui pisassem
Nas ricas e férteis terraes brazilis
Que eram povoadas e amadas por milhões de índios
Reais donos felizes
Da terra do pau-brasil
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio
Mas agora eles só têm um dia

O dia dezenove de abril
Mas agora eles só têm um dia
O dia dezenove de abril
Amantes da pureza e da natureza

Eles são de verdade incapazes
De maltratarem as femeas
Ou de poluir o rio, o céu e o mar
Protegendo o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora
Pois na sua história, o índio
É o exemplo mais puro
Mais perfeito, mais belo
Junto da harmonia da fraternidade
E da alegria,
Da alegria de viver

Da alegria de amar
Mas no entanto agora
O seu canto de guerra
É um choro de uma raça inocente
Que já foi muito contente
Pois antigamente
Todo dia, toda hora, era dia de índio

Todo dia, toda hora, era dia de índio
Hey! Hey! Hey!
Jês, Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,

Makus, Nambikwaras, Tupis, Bororós,
Guaranis, Kaiowa, Ñandeva, YemiKruiaYanomá,
Waurá, Kamayurá, Iawalapiti, Suyá,
Txikão, Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin,
Krahô,Ramkokamenkrá, Suyá
Todo dia, toda hora,

era dia de índioTodo dia,
toda hora, era dia de índio
Hey! Hey! Hey!

Curumim, cunhatã
Hey! Hey! Hey!
Cunhatã, curumim
Hey! Hey! Hey!
Curumim, cunhatã
Hey! Hey! Hey!
Cunhatã, curumim


domingo, 18 de abril de 2010

Da Cor Brasileira...







Rodin, O beijo



Composição: Joyce e Ana Terra




De quem falo me acha direita


Se casa comigo, se rola e se deita


Me namora quando não devia

E quando eu queria me deixa na mesa

De quem falo me fala macio

E finge que entende o que nem escutou

Me adora e me quer tão somente

Enquanto o que mente é o que acreditou

Esse homem que passa na rua

Que encontro na festa e me vira a cabeça

É aquele que me quer só sua

E ao mesmo tempo que eu seja mais uma

De quem falo ele é feio e bonito

Mais velho e menino, meu melhor amigo

É o homem da cor brasileira

A loucura e besteira

Que dorme comigo.




"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...

E ter paciência para que a vida faça o resto..."

William Shakespeare