quinta-feira, 15 de julho de 2010

hoje


HOJE
Trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero, a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo...

Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Cores, viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua às minhas mãos,

Mas hoje,
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas luas, pelas ruas...
Na solidão das noites frias por você.

Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte

Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta, vivo em minha sorte

Sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim como eu te amei.

Taiguara



Seria eu capaz de colorir o Colosso
nas margens de seus rios,
Das constelações só Mazé
que chora diante á bandeira...
Seu grito de dor: Ordem, pois o progresso reside em quem nasce!
O verde amanheceu bem cinzento,
junto ao azul um leque ventilando os desenganos.
Seria Mazé capaz de transcender o Ventre desta Pátria?
Em teu seio ó crueldade, somente as linhas desta mão que trabalha.
Entre as colinas Liberdade, em seus montes belas cores,
em seu povo um pavão no qual a raça se difunde latente.
Entre Marias, Terezas, Matildes,
Entre Josés, Robertos e Pedros...
E entre as luzes algo maior,
a vontade que brota nos corações que aborta.
Abordo...náufragos desta sólida terra de ninguém
Nesta sólida terra de todos, sorrisos de uma manhã feliz!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Manoel de Barros


O Guardador de Águas
de "O Guardador de Águas", Ed. Civilização Brasileira.


I
O aparelho de ser inútil estava jogado no chão, quase
coberto de limos -
Entram coaxos por ele dentro.
Crescem jacintos sobre palavras.
(O rio funciona atrás de um jacinto.)
Correm águas agradecidas sobre latas...
O som do novilúnio sobre as latas será plano.
E o cheiro azul do escaravelho, tátil.
De pulo em pulo um ente abeira as pedras.
Tem um cago de ave no chapéu.
Seria um idiota de estrada?
Urubus se ajoelham pra ele.
Luar tem gula de seus trapos.

II
Esse é Bernardo. Bernardo da Mata. Apresento.
Ele faz encurtamento de águas.
Apanha um pouco de rio com as mãos e espreme nos vidros
Até que as águas se ajoelhem
Do tamanho de uma lagarta nos vidros.

No falar com as águas rás o
exercitam.
Tentou encolher o horizonte
No olho de um inseto - e obteve!
Prende o silêncio com fivela.
Até os caranguejos querem ele para chão.
Viu as formigas carreando na estrada 2 pernas de ocaso
para dentro de um oco... E deixou.
Essas formigas pensavam em seu olho.
É homem percorrido de existências.
Estão favoráveis a ele os camaleões.
Espraiado na tarde -
Como a foz de um rio - Bernardo se inventa...
Lugarejos cobertos de limo o imitam.
Passarinhos aveludam seus cantos quando o vêem.

V
Eles enverdam jia nas auroras.
São viventes de ermo. Sujeitos
Que magnificam moscas - e que oram
Devante uma procissão de formigas...
São vezeiros de brenhas e gravanhas.
São donos de nadifúndios.
(Nadifúndio é lugar em que nadas
Lugar em que osso de ovo
E em que latas com vermes emprenhados na boca.
Porém.
O nada destes nadifúndios não alude ao infinito menor
de ninguém.
Nem ao Néant de Sartre.
E nem mesmo ao que dizem os dicionários:

coisa que não existe.
O nada destes nadifúndios existe e se escreve com letra
minúscula.)
Se trata de um trastal.
Aqui pardais descascam larvas.
Vê-se um relógio com o tempo enferrujado dentro.
E uma concha com olho de osso que chora.
Aqui, o luar desova...
Insetos umedecem couros
E sapos batem palmas compridas...
Aqui, as palavras se esgarçam de lodo.

VIII
Idiotas de estradas gostam de urinar em morrinhos de
formigas. Apreciam de ver as formigas correndo de
um canto para o outro, maluquinhas, sem calças, como
crianças. Dizem eles que estão infantilizando as
formigas. Pode ser.

XX
Com 100 anos de escória uma lata aprende a rezar.
Com 100 anos de escombros um sapo vira árvore e cresce
por cima das pedras até dar leite.
Insetos levam mais de 100 anos para uma folha sê-los.
Uma pedra de arroio leva mais de 100 anos para ter murmúrios.
Em seixal de cor seca estrelas pousam despidas.
Mariposas que pousam em osso de porco preferem melhor
as cores tortas.
Com menos de 3 meses mosquitos completam a sua
eternidade.
Um ente enfermo de árvore, com menos de 100 anos, perde
o contorno das folhas.
Aranha com olho de estame no lodo se despedra.
Quando chove nos braços da formiga o horizonte diminui.
Os cardos que vivem nos pedrouços têm a mesma sintaxe
que os escorpiões de areia.
A jia, quando chove, tinge de azul o seu coaxo.
Lagartos empernam as pedras de preferência no inverno.
O vôo do jaburu é mais encorpado do que o vôo das horas.
Besouro só entra em amavios se encontra a fêmea dele
vagando por escórias...
A 15 metros do arco-íris o sol é cheiroso.
Caracóis não aplicam saliva em vidros; mas, nos brejos,
se embutem até o latejo.
Nas brisas vem sempre um silêncio de garças.
Mais alto que o escuro é o rumor dos peixes.
Uma árvore bem gorjeada, com poucos segundos, passa a
fazer parte dos pássaros que a gorjeiam.
Quando a rã de cor palha está para ter - ela espicha os
olhinhos para Deus.
De cada 20 calangos, enlanguescidos por estrelas, 15 perdem
o rumo das grotas.
Todas estas informações têm uma soberba desimportância
científica - como andar de costas.



Manoel de Barros
3a. Parte:


MUNDO PEQUENO

Aromas de tomilho dementam cigarras.
Sombra-Boa

I

O mundo meu é pequeno, Senhor.
Tem um rio e um pouco de árvores.
Nossa casa foi feita de costas para o rio.
Formigas recortam roseiras da avó.
Nos fundos do quintal há um menino e suas latas
maravilhosas .
Seu olho exagera o azul.
Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas
com aves.
Aqui, se o horizonte enrubesce um pouco, os
besouros pensam que estão no incêndio.
Quando o rio está começando um peixe,
Ele me coisa
Ele me rã
Ele me árvore .
De tarde um velho tocará sua flauta para inverter
os ocasos.

II

Conheço de palma os dementes de rio.
Fui amigo do Bugre Felisdônio, de Ignácio Rayzama
e de Rogaciano.
Todos catavam pregos na beira do rio para enfiar
no horizonte.
Um dia encontrei Felisdônio comendo papel nas ruas
de Corumbá.
Me disse que as coisas que não existem são mais
bonitas.

III

Retrato de um poste mal afincado ele era .
Sendo um vaqueiro entrementes; peão de campo.
No jeito comprido de estar em pé seu corpo fazia
três curvas no ar.
Usava um defeito de ave no lábio.
Desde o vilarejo em que nasceu podia alcançar o
cheiro das árvores.
Esse Malafincado:
Sempre nos pareceu feito de restos.
Ventos o amontoavam como folhas.
Foi sempre convidado a fazer parte de arrebóis.
(Sintomático de tordos era o seu amanhecer.)
Falava em via de hinos -
Mas eram coisas desnobres como intestinos de moscas
que se mexiam por dentro de suas palavras.
Gostava de desnomear:
Para falar barranco dizia: lugar onde avestruz
esbarra.
Rede era vasilha de dormir.
Traços de letras que um dia encontrou nas pedras de
uma gruta, chamou: desenhos de uma voz.
Penso que fosse um escorço de poeta.

IV

Caçador, nos barrancos, de rãs entardecidas,
Sombra-Boa entardece. Caminha sobre estratos
de um mar extinto. Caminha sobre as conchas
dos caracoes da terra. Certa vez encontrou uma
voz sem boca. Era uma voz pequena e azul. Não
tinha boca mesmo. "Sonora voz de uma concha ",
ele disse. Sombra-Boa ainda ouve nestes lugares
conversamentos de gaivotas. E passam navios
caranguejeiros por ele, carregados de lodo.
Sombra-Boa tem hora que entra em pura
decomposição lírica: "Aromas de tomilhos dementam
cigarras. " Conversava em Guató, em Português, e em
Pássaro.
Me disse em língua-pássaro: "Anhumas premunem
mulheres grávidas, 3 dias antes do inturgescer".
Sombra-Boa ainda fala de suas descobertas :
"Borboletas de franjas amarelas são fascinadas
por dejectos." Foi sempre um ente abençoado a
garças. Nascera engrandecido de nadezas.

V

Esses lagartos curimpãpãs têm índole tropical.
Tornam-se no mês de agosto amortecidos e idiotas
Ao ponto que se deixam passar por cima como pedras.
Ao ponto que se deixam atravessar por caminhões.
Aparecem de sempre esses lagartos encostados em
muros decadentes -
Onde se criam devassos.
Bem assim por exemplo:
Formiga puxou um pedaço de rio para ela e tomou
banho em cima.
Lagarto curimpãpã assistiu o banho com luxúria no
olho encapado.
Depois se escondeu debaixo de um tronco .
(Tem um tipo de árvores que dão pros lagartos)
Alguns atravessam invernos que os pássaros morrem.
Borboletas translúcidas quedam estancadas no tronco
das árvores -
Se enxergam por perto os curimpãpãs.
Mas todos sabemos que esses lagartos curimpãpãs são
pouco favorecidos de horizontes.
Enxergam tão pequeno que às vezes pensam que a
gente é árvore e nem se mexem.
Nos barrancos há riscos de suas manguaras.
E se estão em aflição de espírito - combustam!
(Essas notícias foram colhidas por volta de 1944,
entre os índios chiquitanos, na Bolívia.)
Águas estavam iniciando rãs.

VI

De primeiro as coisas só davam aspecto
Não davam idéias.
A língua era incorporante.
Mulheres não tinham caminho de criança sair
Era só concha. *
Depois é que fizeram o vaso da mulher com uma
abertura de 5 centímetros mais ou menos
(E conforme o uso aumentava.)
Ao vaso da mulher passou-se mais tarde a chamar
com lítera elegância de urna consolata.
Esse nome não tinha nenhuma ciência brivante
Só que se pôs a provocar incêndio a dois .
Vindo ao vulgar mais tarde àquele vaso se deu
o nome de cona
Que, afinal das contas, não passava de concha mesmo.
__________
* Era só concha:
está nas Lendas em Nheengatu e Português, na
Revista do Instituto Histórico Geográfico
Brasileiro, Vol.154.

VI

Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
-Gostar de fazer defeitos na frase e muito saudável,
o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
pode muito que você carregue para o resto da vida
um certo gosto por nadas. . .
E se riu.
Você não é de bugre? - ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios , não anda em
estradas -
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas
e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
agramática.

VII

Toda vez que encontro uma parede
ela me entrega às suas lesmas.
Não sei se isso é uma repetição de mim ou das
lesmas.
Não sei se isso é uma repetição das paredes ou
de mim.
Estarei incluído nas lesmas ou nas paredes?
Parece que lesma só é uma divulgação de mim.
Penso que dentro de minha casca
não tem um bicho:
Tem um silêncio feroz.
Estico a timidez da minha lesma até gozar na pedra.

VIII

Tudo o que se há de dizer aqui sobre capivaras,
nem as mentiras podem ser comprovadas. Se esfregam
nas árvores de tarde antes do amor. Se amam sem
ocupar beijos. Excitadas se femeiam por baixo dos
balseiros. E ali se aleluiam. O cisco da raízes
aquáticas e a bosta dos passarinhos se acumulam
no lombo das capivaras. Dali se desprende ao meio
dia forte calor de ordumes larvais . No lombo se
criam mosquitos monarcas, daqueles de exposição,
que furam até vidros e abaixam pratos de balança.
É vezo de dizer-se então que capivara é um bicho
insetoso. Porquanto favorecem a estima dos pássaros,
sobretudo dos bentevis que lhes almoçam larvas
ao lombo. Coisa que todo mundo gosta, tirante as
capivaras, é de flor. Pelo que já não entendo, existem
razões particulares ou individuais que expliquem
tal desgosto das capivaras por flor? Todas
guardam água no olho.

IX

Andaleço era o navio Etrúria. Se achava.
Ele tinha incumbências para água.
Crescera que nem craca nos cascos dos navios.
Se houvesse de escolher entre uma coisa e outra
ficasse deitado sobre nenhuma.
A doce independência de não escolher!
(Se a palavra é a posse da coisa nomeada, o
Etrúria era ele mesmo, o Andaleço.)
À noite caçava seu de-comer nas grotas.
O que jantava eram bundas de gafanhoto com mel.
Estóreas de Andaleço fascinavam os meninos.
O irmão-preto falou: Etrúria deve ser um
lugar sem melancia !

X

O mundo não foi feito em alfabeto. Senão que primeiro
em água e luz. Depois árvore. Depois lagartixas.
Apareceu um homem na beira do rio. Apareceu uma ave
na beira do rio. Apareceu a concha. E o mar estava
na concha. A pedra foi descoberta por um índio. O
índio fez fósforo da pedra e inventou o fogo pra
gente fazer bóia. Um menino escutava o verme de uma
planta, que era pardo. Sonhava-se muito com pererecas
e com mulheres. As moscas davam flor em março. Depois
encontramos com a alma da chuva que vinha do lado
da Bolívia - e demos no pé.
(Rogaciano era índio guató e me contou essa cosmologia.)

XI

Bernardo é quase árvore.
Silêncio dele é tão alto que os passarinhos
ouvem de longe
E vêm pousar em seu ombro.
Seu olho renova as tardes.
Guarda num velho baú seus instrumentos de trabalho
1 abridor de amanhecer
1 prego que farfalha
1 encolhedor de rios - e
1 esticador de horizontes.
(Bernardo consegue esticar o horizonte usando 3
fios de teias de aranha. A coisa fica bem esticada.)
Bernardo desregula a natureza:
Seu olho aumenta o poente.
(Pode um homem enriquecer a natureza com a sua
incompletude?).

XII

Estou atravessando um período de árvore.
O chão tem gula de meu olho por motivo que meu
olho tem escórias de árvore.
O chão deseja meu olho vazado pra fazer parte do cisco
que se acumula debaixo das árvores.
O chão tem gula de meu olho por motivo que meu olho
possui um coisário de nadeiras.
O chão tem gula de meu olho pelo mesmo motivo que
ele tem gula por pregos por latas por folhas.
A gula do chão vai comer o meu olho.
No meu morrer tem uma dor de árvore.

XIII

De 1940 a 1946 vivi em lugares decadentes onde o
mato e a fome tomavam conta das casas, dos seus
loucos, de suas crianças e de seus bêbados.
Ali me anonimei de árvore.
Me arrastei por beiradas de muros cariados desde
Puerto Suarez, Chiquitos, Oruros e Santa Cruz de
La Sierra, na Bolívia.
Depois em Barranco, Tango Maria (onde conheci o poeta
Cesar Vallejo), Orellana e Mocomonco - no Peru.
Achava que a partir de ser inseto o homem poderia
entender melhor a metafísica.
Eu precisava de ficar pregado nas coisas vegetalmente e
achar o que não procurava.
Naqueles relentos de pedra e lagartos, gostava de
conversar com idiotas de estrada e maluquinhos de
mosca.
Caminhei sobre grotas e lajes de urubus.
Vi outonos mantidos por cigarras.
Vi lamas fascinando borboletas.
E aquelas permanências nos relentos faziam-me
alcançar os deslimites do Ser.
Meu verbo adquiriu espessura de gosma.
Fui adotado em lodo .
Já se viam vestígios de mim nos lagartos.
Todas as minhas palavras já estavam consagradas de
pedras.
Dobravam-se lírios para os meus tropos.
Penso que essa viagem me socorreu a pássaros.
Não era mais a denúncia das palavras que me importava
mas a parte selvagem delas, os seus refolhos, as
suas entraduras.
Foi então que comecei a lecionar andorinhas.
Auto-retrato Falado
Venho de um Cuiabá garimpo e de ruelas entortadas,
Meu pai teve uma venda de bananas no Beco da Marinha,
onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá, entre bichos do
chão, pessoas humildes, aves, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar
entre pedras e lagartos.
Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz.
Já publiquei 10 livros de poesia; ao publicá-los me sinto
como que desonrado e fujo para o Pantanal onde
sou abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei - pelo que
fui salvo.
Descobri que todos os caminhos levam a ignorância.
Não fui para a sarjeta porque herdei uma fazenda de
gado. Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral, porque só faço
coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.

LENTE


NADA QUE NOS COLOQUE DE FRENTE, NADA.
ALÉM DA VONTADE INTERMINAVÉL DE SE MANTER.
OS MOTIVOS NEM EXISTEM, MAIS TORNAMOS JUSTIFICÁVEIS.
SOMOS FEITOS IMAGEM E VISÃO, PALADAR E GOSTO.
SEI COM OS TEUS OLHOS PORQUÊ ELES ME SENTEM.
NÃO TE FALO COM O VENTO, QUE LEVA TUDO.
NÃO TE FALO COM A PAIXÃO, QUE DESPEDAÇA.
NEM COM EUFORIA QUE O SONO ACABA.
TE FALO COM A DENSIDADE DE MINHA ALMA,
QUE CAMINHA JUNTO AO MEU CORPO Á SUA ESPERA...
FAZENDO CANÇÃO COM TEU NOME.
AMOR, MEU CARO, É ISSO QUE VÓS SINTO.
SEM A MENOR PRETENSÃO DE VIVE-LO
SEM A INTENÇÃO DE MUDA-LO.
SÓ ACREDITO QUE UM DIA, MESMO QUE SEJA SÓ UM DIA,
VÊ-LO PLENAMENTE FELIZ.
DAÍ QUEM SABE TODA A MINHA VONTADE SEJA SATISFATÓRIA.
Hoje, só por hoje quero estar sozinha.
Hoje, amanhã...hoje.
Talvez hoje eu queira sentir o mau que
causo, só pra mim...
Sem ter que carregar a minha e todas.
Hoje, quero me cobrir com o manto da discordia
me alimenatr de colera,
me vestir de inercia e me pentear com doçura...
Chorar pedra e comer bosta!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Odaleia, Noites Brasileiras


Minha cantora esquecida das noites brasileiras
Te amo
Compositora esmagada dessa barras brasileiras
Te amo
Minha heroína doente do peito
Minha menina de luta
minha morena catita
Ah! minha preta

Furando cartão
cantando nos becos
tossindo nos cantos
o lenço na boca, o sangue
A mão na garganta
a perna já bamba
a força não tanta
a vida tão tonta
Eis Odaleia em busca de um sonho dourado
vai Odaleia, delírio de um dia
Léia retrato guardado em meu quarto
Minha Dalva
Minha estrela guia
na fome de amor
na voz estancada
no ouro da lama
nos humildes enganos
saiba Odaleia pequena
Te ouço
Te vivo
Te amo

HOMENAGEM A SUA MÃE

Galera da Z

Aquilo

Lulu Santos
Outra vez a mesma história
Volta sempre a acontecer
Vai passar de hora em hora
Depois que ligarem a TV
Vejo as sombras coloridas
Sussurrando em "sound surround"
Deslizando na avenida
Meio alheio ao temporal

E não tem vacilo nem engano
Que estrague nosso plano
Isto é, se for,
Aquilo que chamam amor
Aquilo que chamam amor
Aquilo que chamam...

Outra vez a mesma história
Volta sempre a acontecer
Vai passar de hora em hora
Depois que ligarem a TV
Vejo as sombras coloridas
Sussurrando em "sound surround"
Deslizando na avenida
Meio alheio ao temporal

E não tem vacilo nem engano
Que estrague nosso plano
Isto é, se for,
Aquilo que chamam amor
Aquilo que chamam amor

Aquilo que chamam...
(BIS)

Outra vez a mesma história
Volta sempre a acontecer...