quinta-feira, 15 de julho de 2010

hoje


HOJE
Trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero, a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo...

Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Cores, viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua às minhas mãos,

Mas hoje,
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas luas, pelas ruas...
Na solidão das noites frias por você.

Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte

Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta, vivo em minha sorte

Sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim como eu te amei.

Taiguara



Seria eu capaz de colorir o Colosso
nas margens de seus rios,
Das constelações só Mazé
que chora diante á bandeira...
Seu grito de dor: Ordem, pois o progresso reside em quem nasce!
O verde amanheceu bem cinzento,
junto ao azul um leque ventilando os desenganos.
Seria Mazé capaz de transcender o Ventre desta Pátria?
Em teu seio ó crueldade, somente as linhas desta mão que trabalha.
Entre as colinas Liberdade, em seus montes belas cores,
em seu povo um pavão no qual a raça se difunde latente.
Entre Marias, Terezas, Matildes,
Entre Josés, Robertos e Pedros...
E entre as luzes algo maior,
a vontade que brota nos corações que aborta.
Abordo...náufragos desta sólida terra de ninguém
Nesta sólida terra de todos, sorrisos de uma manhã feliz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário