Gilberto Gil
Sabe, gente.
É tanta coisa pra gente saber.
O que cantar, como andar, onde ir.
O que dizer, o que calar, a quem querer.
Sabe, gente.
É tanta coisa que eu fico sem jeito.
Sou eu sozinho e esse nó no peito.
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder.
Sabe, gente.
Eu sei que no fundo o problema é só da gente.
E só do coração dizer não, quando a mente.
Tenta nos levar pra casa do sofrer.
E quando escutar um samba-canção.
Assim como: "Eu preciso aprender a ser só".
Reagir e ouvir o coração responder:
"Eu preciso aprender a só ser."
Como responder com exatidão o que se passa,
quando já estamos fracos de tanto fracasso.
Disperso estão meus olhos.
Será que sempre foram?
Será assim pra sempre?
Qual é a dor que me impede?
Que vida que não vivi que não foi minha?
Perguntas respondidas.
quarta-feira, 23 de março de 2011
O Vento
Paraíso Devagar
Magritte
Minha Casa de fome,
Nação muda e detrimente.
Consola-me em costelações hostil
de meu ventre inimigo.
Meu País privado, precário, perdido
Tuas rimas rimam Paraíso.
Teu consórcio caduco.
Velho chato!
Margens delicadas de um povo divergente
Marcas que retratam liberdade
em folha...
Sonhos em escadas de agulha.
Terra da oportunidade
Terra da útopia
Terra da Felicidade.
Terra de seres lindos,
que partilham miséria com sorrisos,
de prato vazio e chá de capim.
Sabendo da vontade verdadeira de nutrir
como pode.
( Samara Egle - retalhos de pano)
Minha Casa de fome,
Nação muda e detrimente.
Consola-me em costelações hostil
de meu ventre inimigo.
Meu País privado, precário, perdido
Tuas rimas rimam Paraíso.
Teu consórcio caduco.
Velho chato!
Margens delicadas de um povo divergente
Marcas que retratam liberdade
em folha...
Sonhos em escadas de agulha.
Terra da oportunidade
Terra da útopia
Terra da Felicidade.
Terra de seres lindos,
que partilham miséria com sorrisos,
de prato vazio e chá de capim.
Sabendo da vontade verdadeira de nutrir
como pode.
( Samara Egle - retalhos de pano)
terça-feira, 22 de março de 2011
Mãos de Afeto
magritte_diasgigantescos
Preparei minhas mãos de afeto
Pra esse rapaz encantado
Pra esse rapaz namorado
O mais belo capataz de todos
Os cafezais
O mais belo vaqueiro de todos
Os cerrados.
Eu tinha um ombro de algodão
Pra ajeitar seu sono
Eu tinha uma água morna
Pra lavar o seu suor
E o meu corpo uma fogueira
Pra esquentar seu frio
E minha barriga livre
Pra gerar seu filho.
Preparei minhas mãos de afeto
Pra esse rapaz encantado
Pra esse rapaz namorado
Que partiu pra nunca mais
Traído nos cafezais
E os seus olhos roubaram o
Verde dos cerrados
E os meus olhos lavaram
Todos os meus pecados.
Sopro que separa o mundo,
que divide o tempo.
Sopro que celebramos junto com o bolo,
dentro
Composição: Ivan Lins/vitor Martins
PRETO
MESMO SEM PERCEBER ELE CHEGA,
SEM ME TOCAR ME PERCORRE.
COM MEUS OLHOS FAZ VIGIA,
COM MEU SONHOS FAZ MILAGRE,
COM MEUS MEDOS PIADA...
MESMO SEM ME TOCAR , ME BEIJA,
SEM LATIR ME CASTRA,
SEM QUERER SALIVA.
Preparei minhas mãos de afeto
Pra esse rapaz encantado
Pra esse rapaz namorado
O mais belo capataz de todos
Os cafezais
O mais belo vaqueiro de todos
Os cerrados.
Eu tinha um ombro de algodão
Pra ajeitar seu sono
Eu tinha uma água morna
Pra lavar o seu suor
E o meu corpo uma fogueira
Pra esquentar seu frio
E minha barriga livre
Pra gerar seu filho.
Preparei minhas mãos de afeto
Pra esse rapaz encantado
Pra esse rapaz namorado
Que partiu pra nunca mais
Traído nos cafezais
E os seus olhos roubaram o
Verde dos cerrados
E os meus olhos lavaram
Todos os meus pecados.
Sopro que separa o mundo,
que divide o tempo.
Sopro que celebramos junto com o bolo,
dentro
Composição: Ivan Lins/vitor Martins
PRETO
MESMO SEM PERCEBER ELE CHEGA,
SEM ME TOCAR ME PERCORRE.
COM MEUS OLHOS FAZ VIGIA,
COM MEU SONHOS FAZ MILAGRE,
COM MEUS MEDOS PIADA...
MESMO SEM ME TOCAR , ME BEIJA,
SEM LATIR ME CASTRA,
SEM QUERER SALIVA.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Quase Abril
Magretti
No descortinar repentino da alvorada
O orvalho não nos deixa esquecer da noite.
Esta que reflete todo pensamento - noite.
Revestido de toda esperança.
Abra as portas de Abril,
Outono em desconstrução.
Momento certo para começar de novo.
Cama de folha no jardim,
Chuvisco.
E uma boa oportunidade para o dia Cinza.
No descortinar repentino da alvorada
O orvalho não nos deixa esquecer da noite.
Esta que reflete todo pensamento - noite.
Revestido de toda esperança.
Abra as portas de Abril,
Outono em desconstrução.
Momento certo para começar de novo.
Cama de folha no jardim,
Chuvisco.
E uma boa oportunidade para o dia Cinza.
domingo, 20 de março de 2011
Triste
Mastigo e engulo meu rancor
em uma panela quente.
Fatio em micro pedaços o que restou.
Satisfeita saio triste,
e triste tenho fome.
De mim mesma resta pouco,
do pouco nada resta.
Á não ser a vontade de
morrer lentamente, sem a menor saudades,
sem o menor sentido de sentir.
Significa que sem mim,
a minha preocupação acaba,
meus sonhos, minhas tentativas
não os motivaria...
Hoje se eu pudesse eu não existiria.
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