sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mariana, Mariana

Edu Lobo

Mariana, Mariana
cadê tua saia branca
teu vestido de ramagem
cadê teu sorriso triste
cadê tua meia bege
teu sapato de verniz
cadê teus olhos zangados
censurando o que eu não fiz
Mariana, Mariana
Mariana me responda
cadê teu corpo moreno
desfazendo o meu sossêgo
cadê tuas mãos, teu medo
teu segredo e os meus espantos
onde aquelas noites claras
em que eu tanto me enredei
Mariana, Mariana
dá licença que eu desfaca
tuar tranças, tua graça
que eu guardei pra me enganar
me despeço na viagem
mas não vou sem te chamar
Mariana, Mariana
Mariana, Mariana




Mariana, Maria, Maria Ana

Muitos são os tempos que vivo á pensar.
Por onde foi?
Livres passos, quase que soltos.
Foi por muito, muito pouco...
Sobrancelhas  quase queimando folhas,
lábios de lambujar ternura.
Costas curta em abraço longo.
Pacto que selei sem ao menos ler.
Seus confusos olhos deixam claro,
teus medos tortos e tolos.
Enluarada é cada parte de tua constelação.
Universo tão seu que te separa.
Mais nos une.

Samara Egle