segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tristezas de uma semi-pátria

                                              Francisco Goya

Ó grande Pátria desemportante,
raízes mortas, veias falidas.
Mão direita no peito e a esquerda no bolso...
Dialetos felizes da língua morta.
Quem saberá além de mim, quêm?
Ferida exposta, latente como as constelações
de ordem e progresso...
Quem matou primeiro?
Aleito veneno plácido,
Seio gentil.
Em teu colo despótico, despeito, desprezo
...
Dezena de milhas...
Centenas de dúvidas de porquês mentirosos.
Seremos nós parte ou inteiro.
 Luto de liberdade, verdade...NUNCA.
Sujeira que se espalha, se espande...
Morte de um corpo vivo, alma sem cor...
Vida que não se explica - Morte.
Fim da manhã...nem tarde...morte.

Samara Egle




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