terça-feira, 27 de abril de 2010

Ligia Fagundes Telles



A figura acima é bem conhecida, é a escultura “O Pensador”. Foi esculpida em bronze pelo francês Auguste Rodin. Originalmente a escultura foi chamada de “O Poeta”, pois fazia parte das esculturas baseadas na Divina Comédia de Dante Alighieri. A escultura retrata Dante diante dos Portões do Inferno, ponderando seu poema.

O pensador está peladão, pois Rodin queria uma figura heróica baseado nas obras de Michelangelo.





"A perplexidade do moço diante de certas considerações tão ingênuas, a mesma perplexidade que um dia senti. Depois, com o passar do tempo, a metamorfose na maquinazinha social azeitada pelo hábito de rir sem vontade, de falar sem vontade, de chorar sem vontade, de falar sem vontade, de fazer amor sem vontade... O homem adaptável, ideal. Quanto mais for se apoltronando, mais há de convir aos outros, tão cômodo, tão portátil. Comunicação total, mimetismo: entra numa sala azul, fica azul, numa vermelha vermelho. Um dia se olha no espelho, de que cor eu sou? Tarde demais para sair pela porta afora."

( Eu era mudo e só - Livro: Antes do Baile Verde)
Lygia Fagundes

...São nestas horas, nestas bentidas horas,
que a dúvida surge como resposta!
Quem fui?
Se não a sombra das tentativas que fiz...
E se não deram, melhor...!
Hoje eu sei que repetir o ano tem lá suas vantagens!
A vantagem de entender tudo pela segunda vez!
As desvantagens já sabemos...
São nas desvantagens que encontramos
traços de nosso verdadeiro eu...
sabe quando algo nos encomoda, assim...sem ter um porquê?
São demostrações de nosso eu!
Estou me descobrindo.
Nada fácil, mais tentador!

Samara Egle

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