domingo, 10 de abril de 2011

Lágrimas Negras

Otto

Na frente do cortejo
O meu beijo
Forte como água
Meu acaso

São poços de petróleo
A luz negra dos teus olhos
Lágrimas negras saem, caem, dói
Lágrimas negras saem, caem, dói

Por entre flores e estrelas
Voce usa uma delas
Como um brinco pendurado na orelha
Astronauta da saudade
Com a boca toda vermelha

Lágrimas negras saem, caem, dói

São como pedras de um moinho
Que moem, roem, dói

E voce baby
Vai, vem, vai
E voce baby
Vem, vai, vem

Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento


Lágrimas negras saem, caem, dói
Lágrimas negras saem, caem, dói

Belezas são coisas acesas por dentro






Teu ladrar noturno
Ecoa em toda as extremidades.
Seja ela a dor mais profunda
seja o chão que decreta o fim...

Morrer por quantas vezes será necessário
nesta terra de minguém?
Do tempo?
Do abraço?
Será de quem?
De ti?
De onde?

Teu corpo me veste,
Vazio que alimenta vazio
da cama fria, flores secas

Vista grossa pra tanto abandono.
Divisão imprópria.






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