Otto
Na frente do cortejo
O meu beijo
Forte como água
Meu acaso
São poços de petróleo
A luz negra dos teus olhos
Lágrimas negras saem, caem, dói
Lágrimas negras saem, caem, dói
Por entre flores e estrelas
Voce usa uma delas
Como um brinco pendurado na orelha
Astronauta da saudade
Com a boca toda vermelha
Lágrimas negras saem, caem, dói
São como pedras de um moinho
Que moem, roem, dói
E voce baby
Vai, vem, vai
E voce baby
Vem, vai, vem
Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Lágrimas negras saem, caem, dói
Lágrimas negras saem, caem, dói
Belezas são coisas acesas por dentro
Teu ladrar noturno
Ecoa em toda as extremidades.
Seja ela a dor mais profunda
seja o chão que decreta o fim...
Morrer por quantas vezes será necessário
nesta terra de minguém?
Do tempo?
Do abraço?
Será de quem?
De ti?
De onde?
Teu corpo me veste,
Vazio que alimenta vazio
da cama fria, flores secas
Vista grossa pra tanto abandono.
Divisão imprópria.
domingo, 10 de abril de 2011
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